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Blogue da Roseli

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  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 6 de jun. de 2022
  • 1 min de leitura

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Assumindo o nome com base na dançarina, atriz e escritora, Del Fuego, Andrea Fátima dos Santos já publicou obras premiadas e livro infantil.

Com A pediatra, a autora nos apresenta uma forte personagem contraditória. A médica neonatologista que detesta partos humanizados, doulas e prefere as cirurgias marcadas, as cesarianas.

O romance é narrado em primeira pessoa pela personagem Cecília, a pediatra, com humor mordaz, em um romance enxuto e envolvente. A médica cursa medicina mais como segurança por ter um pai médico do que pela escolha amorosa pela profissão. Não à toa, essa pediatra não gosta das mães nem das crianças, faz partos como quem segue ‘uma receita de bolo’.

Sua vida se transforma quando duas coisas acontecem. Um novo assistente pediatra assume também o trabalho com a médica chefe. Ele é o oposto de Cecília. Trabalha com doulas, faz partos nas residências das pacientes e é muito elogiado por médicos e pacientes. Cecília torna-se amante de um homem casado e acaba participando do parto do bebê da esposa dele. Essa relação estabelece marcas no olhar de Cecília para esse menino que nasce desse casal.

A reviravolta mostra uma Cecília que passa a perseguir os passos do menino. Uma psicopatia começa a se revelar. Quem é afinal a pediatra? Recomendamos a leitura.


Live: A pediatra


 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 30 de mai. de 2022
  • 1 min de leitura

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O filme Ainda estou aqui, dirigido por Arie Posin, teve lançamento em fevereiro de 2022, está disponível na Netflix. A película é inspirada em obra homônima de Marc Klein que, como no enredo do filme, relata uma história de amor interrompida por uma drástica perda.

Ainda estou aqui, em que pese o ar romântico, reflete sobre as questões do luto e da melancolia como aprendemos com Freud. Entremeada por espelhos que precisam ser transpassados, a jovem busca explicar acontecimentos que parecem justificar o fato de que seu amado, morto, esteja tentando comunicar-se com ela. Inevitável a comparação ao filme Ghost que foi sucesso nos anos 90 com direção de Jerry Zucker. Em Ghost, a sátira toma parte da narrativa. Parte desse humor está presente em Ainda estou aqui, exatamente, quando tenta explicar o inexplicável, os meandros da dor e a necessidade de permanecer como antes da perda. Lembramos, aliás, da obra de Marcelo Rubens Paiva, Ainda estou aqui, que revela a dura constatação de alguém com Alzheimer. Estar aqui sem, contudo, permanecer ao mundo das demais pessoas.


 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 23 de mai. de 2022
  • 1 min de leitura

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Um defeito de cor, obra da mineira Ana Maria Gonçalves, foi publicado originalmente em 2006 pela editora Record compondo 951 páginas, um número significativo que pode desanimar o leitor pouco afeito às leituras volumosas. No entanto, como diz Millor Fernandes em orelhas à obra trata-se de uma leitura prazerosa, nada enfadonha, instigante.

A obra pode ser considerada uma narrativa de vida que mistura a realidade e a ficção já que na primeira parte a própria autora conta como chegou às suas mãos um manuscrito encontrado na praia das Amoreiras, próxima à Itaparica, em Salvador, no Brasil.

Esses manuscritos são narrados em primeira pessoa por Kehinde que com a irmã e a avó foram capturados no reino de Daomé, em África, nos anos 1810. Kehinde era uma menina na época com menos de dez anos. Foram escravizadas.

Passados 80 anos e muitas histórias lindas, e outras terríveis, e depois de a protagonista ter visitado vários lugares no Brasil, depois de liberta, ter retornado à África, conseguido uma considerável fortuna e muito poder, ela volta ao Brasil na tentativa de encontrar um filho desaparecido que se supõe ser o poeta romântico, advogado e abolicionista, Luís Gama.

Uma obra que perpassa o Brasil Colônia, a Independência e a República e que nos mostra os horrores da escravidão e a relação cultural entre nosso país e a África. Imperdível.

 
 
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