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  • Foto do escritorRoseli

ÁGUAS DE MARÇO


Toda vez que estamos em março e uma tempestade se aproxima pensamos em Tom Jobim. Essas são águas antigas, de 1972, e em 1974 Tom e Elis imortalizaram essa canção. Nem é mais fato que o mês de março seja chuvoso, mas pela metade ele já vai se despedindo do verão, é o que diz a letra.

No correr de tudo que a forte correnteza formada pela chuva leva vão também todas as narrativas, todas as dores, tudo que fere. É o momento de renovação. Desse calor criativo tudo desbanca para a calmaria. O verão é muita criação, é demais, abunda. Há que desaguar levando ladeira abaixo tudo que sobrou, os restos. O lixo impróprio. É voltar a cabeça ao ecológico, limpeza. Preparar o urso à hibernação. Preparar o ser para o descanso que virá. Descanso. Lá na frente, bem lá na frente, haverá outra primavera. Até lá, é preciso limpar a casa. Armazenar os frutos. Ficar bem quietinho a esperar tudo de novo.

“É pau...”. Que letra!

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