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Foto do escritorRoseli

Ainda estou aqui


Em 2015, nove anos antes de o lançamento do filme vir a público (2024), a obra Ainda estou aqui, de Marcelo Rubens Paiva, foi publicada pela Editora Alfaguara. Desde 1982, Marcelo já escrevera sua obra mais do que conhecida, Feliz ano velho, seu primeiro livro. De lá para cá, muitas obras publicadas por ele. Como em sua primeira obra, Ainda estou aqui é uma auto ficção. Já comentamos aqui muitas obras nesse sentido: o filme de Almodóvar, Dor e Glória, o livro de Chico Buarque, Bambino a Roma, entre outras.

O livro é um grito à memória. Eis a grande metáfora dessa obra. É a memória da história e é a perda da memória de sua mãe, Eunice. O vislumbre do Alzheimer de que tanto temos medo. Com 77 anos, Dona Eunice não sabia responder quem era o Presidente do Brasil. Quase assim começa o livro.  Ou seja, em 2008, a mãe do escritor seria doravante cuidada por ele.

 Ainda estou aqui apresenta vários documentos, certidões e leis. Para além da metáfora e da narrativa de auto ficção, o livro é um arsenal histórico de todo o processo. Tudo documentado. É Marcelo cuidando da mãe.

No livro, o foco é todo esse processo histórico. Não dá para encerrar sem falar do lindíssimo filme de Walter Salles. Nele o foco é a mãe, Eunice. Uma mulher que viu o momento em que tudo poderia desmoronar. Ela não deixou. Não chorou. Reinventou-se, estudou Direito. Foi defender causas como a dos indígenas. Morreu em 2018. Sempre esteve aqui. Logo ali em uma tela de cinema. Sempre ali em uma livraria.

Veja a Live no canal do Youtube do Instituto Legus. https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos.

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