São tênues os limites entre as palavras que evidenciam sofrimento aos seres. A tristeza e a angústia podem estar no liame para o salto à melancolia e para resultados mais graves como a depressão.
A perda de um ente querido aponta para o luto que precisa muitas vezes ser sentido, ser simbolizado. Em Luto e Melancolia (1917), Freud já trabalhava o limite da profunda tristeza perpetuada pelas perdas como algo da normalidade. Se aprofundada, a tristeza segue para a melancolia, hoje mais chamada de depressão e, nesse caso, o normal migra para uma patologia, uma doença que impõe sofrimento ao paciente. Como doença requer busca de profissionais para a direção da cura como diria Lacan (1958) e para acompanhar casos graves que podem chegar à psicose.
São inúmeros os registros nesse sentido. A filmografia está impregnada de obras que mostram casos reais ou fictícios que afetam muitas pessoas. Um dos exemplos apontados como verídicos é a narrativa do pintor holandês Van Gogh. Assim como também se apresenta no filme Ela (Her) em que a absoluta solidão encontra respaldo em enamoramento por uma inteligência artificial.
Imprescindível que a solidão, a angústia, a tristeza, se levadas a extremo, possam ser acompanhadas e tratadas.
Acompanhe meu video sobre o tema no link https://zoom.us/rec/share/UThE-Ms9o9Wv7nOS-5FzSYfUdQq4zGXQdFrakm-rJROWGb7QTrPvtM-uMphYSeL-.vPJvyoVJfG4VOPhu
É verdade, Roseli. E o mais grave é que a depressão ainda é rodeada de preconceitos, o que dificulta muito o caminho pela compreensão da patologia, bem como a procura por tratamento.