Em aroma há amor. Esse amor tão brasileiro que não resiste ao cheirinho do café passado na hora. Tempos do eterno coador que dava ao café a medida exata do sabor.
Mas já que 24 de maio é o Dia Nacional do Café é de se esperar que o brasileiro não seja o único a apreciar esse aroma de sabor tão só comparado à hora britânica do chá. Eis que há também uma data internacional do café, caso você não saiba.
Esse café responsável pelo trabalho de imigrantes a mil que chegaram ao Brasil vindos em maioria da Itália em navios abarrotados. Muitos aportaram em São Paulo e foram para a região de Campinas; outros chegaram ao sul do país e construíram anos a fio em fazendas cafeeiras a vida que se tornou o fruto do trabalho da terra e de seus filhos.
E que belezura é o Museu do Café em Santos que se tornou referência em contar a história desse grão e de seu porto por onde tantos chegaram. Oficialmente, a Bolsa Oficial do Café, essa maravilha da arquitetura barroca e neo clássica enche os olhos de visitantes que por lá passam e que se espelham no lindo vitral à entrada.
Na próxima vez em que você for buscar um solzinho nas praias de Santos, atreva-se e conheça o centro antigo, demore-se frente e dentro desse majestoso lugar. Aproveita a Cafeteria e, claro, deguste um cafezinho. Feito muito provavelmente em máquina italiana, afinal os italianos sabiam o que estavam fazendo. Da lavoura do café ao pé ao melhor café de máquina. Convenhamos, coador? Coisa do passado.
Ah.... Coador é mesmo coisa do passado, Roseli. Mas quando estou bem tristinha, pego o coador (tenho um aqui em casa) e faço um café que - na minha santa ingenuidade - fica igualzinho ao da minha avó. Que texto cheiroso! ☕️