As relações entre cinema e psicanálise remontam ao nascimento de ambos marcadamente no século XX com apontamentos já ao final do século XIX. Esse fato traz a força de que alguns elementos são muito comuns à arte cinematográfica e elementos da psicanálise como chistes, atos falhos e principalmente sonhos.
Considerando o contemporâneo, perguntamos: o que acontece durante o espetáculo cinematográfico? Estamos em uma sala escura em que à frente uma tela nos invade convidando a uma identificação. Uma espécie de catarse ali se realiza. Somos vários ao mesmo tempo, estamos em muitos lugares, lidamos com inúmeros sentimentos. Rimos, ficamos deslumbrados, podemos até chorar.
Com muita semelhança, sonhamos. Estamos também em um processo de identificação, uma catarse também se realiza. Somos sobressaltados em torpor, somos invadidos de imensa alegria. Algo no sonho nos transporta para um simbólico mundo que, como melhor seria, é posto a desvendar em uma sessão analítica.
Um ponto interessante é ver filmes em que as temáticas psicanalíticas estão próximas de nossos olhos. Casos de psicose, casos de múltiplas personalidades, as perversidades, os complexos edipianos. Há várias obras e cursos que exploram essa frutífera relação como é o caso dos livros e vídeos do psicanalista Christian Dunker que elaborou uma coleção temática ‘Cinema e Psicanálise’. Ou como o livro desta colunista apontado na imagem deste post. Boas leituras.
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