
O filme de 1995, dirigido por Jocelyn Moorhouse, e adaptado da obra de Whitney Otto, How to make an American Quilt (1991), teve excelente repercussão à época do lançamento. Volta agora com o impulso da programação da Netflix mostrando que a narrativa é atemporal quando se refere às metáforas que expressa. Uma mulher tentando terminar sua dissertação e ao mesmo tempo buscando colocar sua vida amorosa em consonância com a correria de escrever e reescrever suas ideias, o que leva ao pensamento de que são vários os pedaços que se juntam em ambas as tarefas: fazer o texto acadêmico com seus detalhes de escritura formal com as construções da própria vida em uma escritura informal, metonímias – partes de um todo que parece impossível.
A construção dessa metáfora que se vê pronta em uma colcha elaborada a várias mãos e a vários pedaços mostra que esses dois eixos da linguagem se encontram na figura de mulheres, amigas da avó de Finn, que estão tecendo uma obra que dependerá das narrativas de cada uma, os pedaços metonímicos, que – soltos - estão perdidos, mas que adquirem força no conjunto. Como na vida, como na arte, como no discurso acadêmico.
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