Frans Krajcberg: reencontrar a árvore
- Roseli
- 16 de jun.
- 1 min de leitura

A exposição está no Masp de 16 de maio a 19 de outubro de 2025. Naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg (1921–2017) nasceu na Polônia e, por ser de origem judaica, perdeu toda a sua família durante o Holocausto. Nos anos 1950, estabeleceu-se no Brasil onde desenvolveu seu trabalho como artista. A partir da década de 1960, passou a viajar à Amazônia e ao Pantanal, coletando resquícios de troncos em áreas devastadas por queimadas. Em uma dessas expedições, redigiu, com Pierre Restany e Sepp Baendereck, o Manifesto do Naturalismo Integral (1978) que consolida seu pensamento socioambiental. Sua experiência ecológica também influenciou suas escolhas de vida, tanto que passou a residir em seu sítio em Nova Viçosa, cercado pela Mata Atlântica.
Na mostra, há diferentes fases do artista, dos experimentos em papel a respeito do solo aos trabalhos monumentais que construía nos territórios que visitava. A obra que mais impressiona o visitante é, sem dúvida, a “Flor do mangue”, escultura icônica criada em 1970, composta por resíduos de árvores de manguezais, um protesto contra a degradação ambiental e a especulação imobiliária. A obra, que mede 900 cm x 300 cm, encontra-se no Sítio Natura, em Nova Viçosa, Bahia, onde o artista vivia, e dá aos olhos de quem visita a exposição a grandiosidade de sua imagem e reflexão.
Acompanhe a live no YouTube do instituto Legus - https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos
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