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Foto do escritorRoseli

O trabalho e o negócio: escravidão


Em primeiro de maio, comemora-se o Dia do Trabalho. A escolha coube como forma de homenagem aos operários e a uma greve ocorrida na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886. A data foi marcada pela reunião de milhares de trabalhadores que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.

De fato, o trabalho aliado ao capitalismo selvagem virou um bom negócio quando as regras e leis trabalhistas são esquecidas como em casos de trabalho infantil, trabalho escravo, por exemplo. Infelizmente, ainda, uma realidade em grande parte do mundo.

Não à toa, a palavra trabalho vem do latim tripalium, termo utilizado para designar instrumento de tortura ou, mais precisamente, instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de pontas de ferro nas quais agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, o linho, para rasgá-los e esfiapá-los.

Se ao instrumento de tortura colocamos o aliado negócio, estranhamente, acompanhamos o extremo do trabalho. Ao ócio, sua negação. Em suma, ter um negócio, estar em algum negócio, significa abrir mão do descanso, do prazer. Daí a expressão escravo do negócio, escravo do trabalho. Um workaholic, literalmente.

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