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O cineasta espanhol, Pedro Almodóvar, apresenta em 2023 mais um curta em que a geografia busca o espaço western tão recheado de estereótipos masculinos. Para um desenlace amoroso, o diretor escolheu dois atores tão maduros quanto seus personagens, Ethan Hawke e Pedro Pascal, que vestem um primoroso visual provocado pela casa Yves Saint Laurent.

O resultado é a soma de todos esses elementos apaixonados em que o desejo se vê em cena em momento inóspito tanto para o gênero western quanto ao fato de esses dois homens que se amaram na juventude chegarem pelo acaso a um reencontro desastrado.

A dureza do cenário e dos arredores, em belíssimas tomadas, garantem um espetáculo à parte para que o desejo possa se aventurar e se quebrar no tempo.

Nos cinemas, em sua estreia em outubro de 2023, a recomendação apontou que o espectador aguardasse o término do curta para ouvir a entrevista de Almodóvar a comentar o filme, suas relações com o western e a sabedoria obtida de muitos filmes sobre a questão do desejo.

Como em A voz humana, de 2020, de cores do desejo despedaçado, no curta, o cineasta narra por olhares a decepção do reencontro. O passado não se encontrou nesse futuro.

Curta a Live no YouTube do Instituto Legus


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O cineasta espanhol, Pedro Almodóvar, de quem já falamos várias vezes aqui no canal e no instagram do Instituto Legus, estreou em setembro de 2023, mais um curta: Estranha forma de vida. Um curta anterior foi A voz humana, em 2020.

Desta vez, Almodóvar volta olhar precioso aos filmes de western. O curta vem acompanhado de uma entrevista do diretor em que ele revela o percurso da obra e sua relação vastíssima com os filmes de western que povoaram o imaginário de muita gente.

O curta tem dois personagens chave que se encontram depois de anos, ambos mais velhos, e tentam reatar uma relação amorosa conturbada que envolve um terceiro, o filho de um deles acusado de homicídio e que é perseguido pelo xerife, um dos amantes.

Mais de uma vez em sua filmografia, Almodóvar usou cantores brasileiros. Aqui, a abertura do curta é contemplada pela voz de Caetano Veloso entoando um fado de Amália Rodrigues, uma estranha forma de vida. Belíssimo.

Live no YouTube do Instituto Legus.

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O filme Barbie foi lançado em julho de 2023. Dirigido por Greta Gerwig, a obra abriu estrondosa crítica quase sem precedentes entre os favoráveis e os críticos ao filme. Um sim e não sonoros. Ninguém achou algo mediano.

O Cultura em Foco esperou assentamentos de ânimos para tecer alguns comentários sobre essa obra. Houve críticas de psicanalistas como Christian Dunker que deram contribuições preciosas sobre Barbie. Da mesma maneira, uma parcela do público considerou o filme inadequado para as crianças, embora ele exibisse um limite de idade permitido a elas.

Como poucos, Barbie esbarrou em conturbadas reações ao rosa completo do guarda-roupa da boneca. Dirigido por uma mulher, com uma personagem central feminina que se tornou um ícone de boneca, mas também um imaginário do que, principalmente, as meninas queriam ser.

Mas o filme quebra essa hegemonia porque mostra Barbie saindo da Barbieland para buscar a Barbie real, aquela que precisa de calçados adequados que suportem um corpo esguio, mas que precisa ficar em pé como o faz a Barbie em desuso, aquelas isoladas das crianças, assim como aquelas que fogem aos estereótipos de beleza cristalizada como o ícone Barbie.

Em disputa com o eterno namorado Ben, esplendidamente interpretado pelo ator Ryan Gosling, que rouba as cenas de Barbie e da Barbieland, a eterna cor de rosa se desequilibra. Mas como toda heroína, ela faz sua jornada em que enfrenta todos os dragões, retoma Barbieland e, pasmem, vira um ser real! Tal qual, a mãe e filha do mundo em que Barbie era tudo para a mãe e nada significativa para a filha. O contemporâneo pedia uma Barbie que reconhecesse direitos das mulheres, o que estava um tanto longe das inspirações ideais da boneca.

O resultado é hilário. A primeira coisa que acontece à Barbie real é ficar grávida. Certo, mulheres ficam grávidas. Mas mulheres do século XXI vão além da figura da maternidade. Enfim, não se pode exigir tudo de uma boneca que se torna humana.

O fato é que o filme levou milhares e milhares ao cinema, gerou debates conturbadíssimos, final de copa de mundo mesmo. Mas passou. Passados os meses, muito provavelmente, Barbie deve estar com Ken embalando um bebê que, quem sabe, são será a continuidade da narrativa em mais um filme.

O público que invadiu as ruas com a cor de rosa aplaudirá.

Live no YouTube do Instituto Legus.

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