
Revistas & Jornais

Life Narratives: Racial Issues - 08/2022
The objective of this article will be a comparative analysis of two literary works. One is the trajectory of Carolina Maria de Jesus, 60 years ago, with her “Quarto de Despejo” (Dump Room) (2020) and the other is the repercussion in 2020 of José Falero’s work, “Os Supridores” (The Suppliers). Within this comparative analysis, the question we ask is the same that makes us think about the, among many, reflections on racism in Brazil and how it all appears – or disappears – in the works of male and female black authors.
Lugar de Fala dos Corpos nas mídias digitais - 11/08/2021
Dia desses, em uma apresentação sobre as imagens do corpo da escritora Clara Averbuck no pole dance apresentadas no instagram, comentando sobre as imperfeições, sobre a celulite ou até mesmo sobre o chamado ‘corpão’ dela, tinha a certeza de que falava sobre feminismo, sobre empoderamento. No entanto, uma interlocutora abordou a questão indicando que Clara era sim uma ativista, mas como seria se ela fosse uma mulher negra? ....
De peito aberto - 06/10/2021
A expressão ‘é preciso ter peito’, e peito aberto, está revigorada a julgar pelas páginas das redes sociais digitais e dos principais jornais em circulação por conta da proibição no Instagram, em 9 de agosto de 2021, do cartaz do novo filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar, Madres Paralelas (2021) ....
A publicidade TOP OF MIND 2021 e os indígenas - 08/12/2021
O Top meio ambiente da Folha Top of Mind (2021) ficou com Omo, Natura e Ypê. Embora o título da matéria seja Verde é a cor mais quente (FOLHA TOP OF MIND,2021, p 63) e a imagem aponte para um indígena tendo ao fundo o mapa mundi, os três vencedores – de estarem na cabeça dos brasileiros – não tratam em suas publicidades da preservação de terras indígenas.
Glamour em Digital 3D: DE S1m0ne A SHUDU - 12 janeiro 2022
Em 2002, o cineasta Andrew Niccol dirigiu a película SIMONE (S1m0ne). O filme é um drama americano com a estrela Al Pacino que configura o papel de um produtor. Em um de seus projetos prontos a estrear, a protagonista abandona a tarefa. Enlouquecido, decide criar uma atriz digital. Belíssima criação interpretada pela atriz Rachel Roberts.
As bolhas e o cancelamento a torto e a direito - 23 março 2022
Na obra Como sair das bolhas (FERRARI, 2021), a autora apresenta as várias atividades que podem ser feitas para evitar, por exemplo, as fake news. E, nesse sentido, somos levados a uma questão presente nas mídias, os nichos. São personalizações de usuários nas redes. São aqueles espelhos que nos mostram a porção Narciso de cada um.
De Parangolés a Balenciagas - 25 maio 2022
Hélio Oiticica no final da década de 60 criou o Parangolé fruto de suas andanças pela Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. A origem do termo já aponta para aquilo que Oiticica mostrou, uma espécie de linguagem malandra. . Uma linguagem para ser entendida apenas entre a comunidade. Isso lembra um pouco a maneira de falar dos portenhos, a língua secreta, o lunfardo. Uma gíria usada entre os malandros da Prata.

Livros que marcaram nossos Leitores
#10 - Sábado, 20 de fevereiro de 2021
Naquele tempo, ter onze anos marcava a entrada no ginásio depois de ter passado pelo difícil exame de admissão. Para além do exame, tratava-se de uma radical mudança na vida de uma criança acostumada desde os três anos a ter uma única professora para chamar de sua. Clique para continuar lendo.
A Quatro Cinco Um é uma revista mensal de crítica de livros, publicada pela Associação Quatro Cinco Um.
Editada por Fernanda Diamant e Paulo Werneck, a revista cobre cerca de 20 áreas da produção editorial, com resenhas dos lançamentos no país e serviço jornalístico voltado para o leitor de livros
Colaborei com o artigo: Livros que marcaram nossos leitores (2021) e Diário de Transbordo(2020).

Este artigo analisa dificuldades do ensino de Letras em relação à inclusão digital de estudantes no momento pandêmico do COVID19. O objetivo é dar suporte à educação pelo ensino remoto averiguando possibilidades de melhorar a comunicação entre alunos e mestres no processo ensino aprendizagem.Seguimos a análise de aulas remotas do curso de Letras aplicando um olhar às Metodologias Ativas de Aprendizagem como enfatizadas por autores como Bates (2016), Bergmann (2016) e Ribeiro (2020). Como resultado espera-se uma contribuição retirada de um momento educacional provocado pelo confinamento para novas metodologias a distância ou presencial que possam pensar a inclusão digital de estudantes.
This work proposes to present technological hybridity in education in an experience developed with students of higher education in Languages using videos prepared through the Noizz application on mobile devices and presented at an event
O objetivo deste artigo é apresentar uma discussão sobre o papel das redes sociais no ativismo digital apontando as questões expressivas do feminismo por meio do instagram da escritora Clarah Averbuck. Averbuck foi pioneira do espaço de escritura digital ao criar muitos anos atrás um blogue provocativo em que discutia as principais questões do empoderamento feminino.
Dados os conceitos de etnogênese e lugar de fala, este artigo tem como objetivo estabelecer uma leitura de obras da escritora kayapó, Aline Kayapó, acompanhando atuações criminosas de garimpo da terra indígena Kayapó no sul do Pará, demonstrando o lugar de fala da etnogenética indígena como meio para rever os estereótipos criados do lugar de fala do europeu. A questão que se coloca é: será que a comunidade universitária reconhece o lugar de fala indígena nos cursos de formação de professores? Nesse sentido, a literatura indígena é apresentada pelo lugar de fala na concepção de Djamila Ribeiro (2020) e pela discussão de etnogênese das novas configurações sociais com base étnica proposta por João Francisco Kleba Lisboa (2022).
Entre 2016 e 2019, em meio a uma onda ultraconservadora, que promoveu discursos de ódio e furor, diferentes setores sociais foram afetados no Brasil e no Mundo. Então, em 2020, o globo é sacudido por uma pandemia que aprofunda, desvela e potencializa as mazelas já existentes, bem como intensifica a criação de outras. A comunidade científica não pode ficar inerte, como não permaneceu.
Analisar uma obra literária pode partir de várias possibilidades e teorias. Neste trabalho, partimos da obra de Lucia Santaella, de acordo com as classificações da teoria de Charles Sanders Peirce (SANTAELLA, 2001, p. 261). Santaella em sua obra aponta as matrizes da linguagem e do pensamento e, no caso, apoiamo-nos na vertente de linguagem que especifica o verbal.
Existe a necessidade absoluta de se sentir desejado e neste círculo do desejo é muito raro que dois desejos se encontrem e se correspondam o que é uma das grandes tragédias do ser humano. (ALMODÓVAR apud GIMENES, 2009, p 28)
O enlace se dá com a literatura de ficção de Philip K. Dick com Do androids dream of eletric sheep e de Brian Aldiss com Supertoys last all summer long and other stoies. Para estudo, a psicanálise de Freud com A interpretação dos sonhos e de Lacan com estudos acerca do desejo. Para análise, a literatura de ficção científica de Carl Freedman em Critical theory and science fiction. Apontamos para os sintomas da cultura contemporânea divisados em Lucia Santaella, O corpo como sintoma da cultura, e Yuval Harari com Sapiene Homo deusque investigam também o desejo humano para a deificação, a felicidade e a imortalidade. Exatamente o que as obras e filmes aqui apresentados mostrarão: o ser humano fabrica bonecos semelhantes a si mesmo na busca de eternizar sua imagem como os replicantes ou como a inocência do menino robô de Inteligência Artificial. Ao fim e ao cabo, a busca do desejo. Do desejo de ao menos continuar sonhando.
Chistian Dunker (2019) entitula Retorno a Lacan a resenha que fez sobre Desler Lacan, de Ricardo Goldenberg (2019). Esse retorno já responderia à questão título aqui apontada. Ler Desler aponta para muitas das questões que psicanalistas enfrentam com as traduções da fala de Lacan feitas a partir do texto base de Jacques-Alain Miller.
Para além desse ponto, ler a obra de Goldenberg atravessa esse conteudístico para chegar à beleza poética da construção assim como nos mostra Roland Barthes (1987) citado muitas vezes pelo autor. Em que e como isso acontece?
O tango apresenta-se para análise tomando como referências o trabalho de O tango malandro (2003), de Oscar Àngel Cesarotto, e o filme Tango livre (2012), de Frederic Fonteyne. A discussão para além das historicidades do tango avança para pensar questões da função paterna atribuída a ele na concepção de Cesarotto e da dança libertária e erotizada como busca de expressão que destrói amarras na acepção de Fonteyne
O presente artigo tem como objetivo demonstrar que as postagens em redes digitais contribuem para ampliar a discussão sobre a ideal do corpo feminino. As postagens escolhidas foram sobre pole dance da escritora Clara Averbuck no instagram, uma rede imagética em que se pode observar a intensa exposição de corpos ideais a serem seguidos. Para esse fim escolheu-se o estudo de caso, metodologia qualitativa que permite a partir de um caso demonstrar os elementos singulares que contribuem para a compreensão/explicação de um fenômeno, nesse caso, o ideal de um corpo feminino a ser seguido. A hipótese que se levanta é a de que a exposição do corpo feminino fora dos padrões, cânone do desejo masculino (casas de shows masculinas), permite à mulher (neste estudo, Clara) apropriar-se do seu corpo e de seu desejo.
O MITO DE ÉDIPO: os impasses nos contos de fada (2022)
Os contos de fada provocam leituras que nos remetem a muitos aspectos mitológicos. Este artigo tem como objetivo a leitura do mito de Édipo em relação aos contos de fada na acepção de Bruno Bettelheim (1988) e de Junito de Souza Brandão (1989). A análise que implica nos impasses do mito nos contos de fada segue concepções do imaginário como proposto pelo registro de Jacques Lacan em o Estádio do Espelho (1995).
Resenha do livro Murilo Rubião e as arquiteturas do fantástico, IANNACE, Ricardo. São Paulo. Edusp-Fapesp. 2016
Ricardo Iannace constrói em seu Murilo Rubião e as arquiteturas do fantástico um edifício em que andares se alinham aos contos rubianos escolhidos para análise: “O Edifício”, “O Bloqueio”, “O homem do Boné Cinzento”, “A Armadilha” e “A Diáspora”. Essa leitura, a partir desses contos de Murilo Rubião, evidencia que a construção e o edifício figuram tanto como mito quanto como evento narrativo.
Sam e a Sala Chinesa (2014)
Este artigo visa à descrição do programa de computador SAM, apresentado por Schank e Abelson, e sua relação com a sala chinesa, apresentada por John Searle. Ambos na perspectiva da Ciência Cognitiva e da Inteligência Artificial, que buscam entender o sistema da Teoria do Conhecimento e a possibilidade de as máquinas poderem contar e entender uma história
Resenha sobre o livro de RYAN, M. L.; EMERSON, L.; ROBERTSON, B. J.(Org.). The Johns Hopkins Guide to Digital Media. Baltimore, Maryland: Johns Hopkins University Press, 2014
Resenha sobre o Livro de JOHNSON, S. Como chegamos até aqui: A história das inovações que fizeram a vida moderna possível. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
O artigo traz uma discussão sobre o conceito de narrativa, as narrativas nos novos suportes tecnológicos, “narrativas digitais”, e as narrativas de vida. Finalmente, apresenta parte dos resultados do projeto por meio da ilustração de algumas das atividades propostas.


As mulheres e o cinema (2012)
Sentindo a Lisbela fixar olhos no escuro do cinema, sem seu prisioneiro, um mergulho infinito se aproxima. São muitos rolos de filmes que giram na sala. Será que embolorados? Será que ainda permanecem ao olhar?
A sessão começa. São mulheres e mais mulheres iguais, mas vestidas e penteadas e com marcas de diferença. Quem são todas elas? Por que seus rostos se aproximam e recuam na tela? Chupando balas de aniz,o aroma é perfeito. Splish splash é o barulho que vem lá de trás. Psiu! Vamos parar de mexer em tantas pipocas, que saco! E esse gluglu de soda descendo gargantas causticantes? Ah, por favor, este é um lugar sagrado. Sagrado? Ouvimos dizer que o cinema era lugar de diversão! Os incomodados que se mudem. Continuar lendo
As mulheres e o cinema (2012)
Um olhar significante é aquele da paisagem e da arquitetura. Basta pensar em cidades como Xangai e não há como negar a presença de tantos painéis eletrônicos, de prédios gigantescos como os dessa cidade, assim como os de Dubai. O deserto feito luz, feito cidade.
O efeito de poluição, de destruição das grandes cidades fica evidente se pensarmos nas recentes tragédias ambientais.
Se, de fato, não nos deparamos com replicantes e caçadores, o novo olhar xenófobo faz pensar em exclusões , em volta a um passado nefasto. O ser humano desgastado e… desumano.
Blade Runner está em novembro de 1980 tendo como fonte a obra de P. Dick, de 1968, Do androids dream of eletric sheeps? A ficção encontra-se no filme, assim como é impossível não lembrar da máquina de Turing na cena em que o caçador tenta desvendar se o humano pode ser um replicante. Em tempos em que computadores já venceram humano em jogos como os de xadrez, sim, muito do filme, de Turing, de Dick chegou a novembro de 2019. Continuar lendo