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Blogue da Roseli

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O Instituto Legus comemorou 5 anos de sua fundação em 3 de outubro de 2024 sempre tendo como foco o atendimento na área da saúde e a busca de uma relação com a área educativa e a cultura. Nesse sentido, a missão da instituição continua sendo proporcionar bem-estar e qualidade de vida a todos que buscarem seus serviços. Visa o restabelecimento do equilíbrio psíquico, físico e emocional de seus pacientes.

Durante esse período, o Legus atravessou dois anos difíceis como a maioria das empresas e pessoas, a pandemia COVID19. Justamente as atividades estavam começando e um ano depois, em 2020, muitas coisas mudaram e, como todos, o Legus iniciou atendimentos e muitas atividades culturais online.

Em 2019, o Cultura em Foco apresentou-se presencial e oficialmente com a palestra sobre O coringa, o filme. Á época, essa obra causou muitas polêmicas e o debate foi intenso. Logo em seguida, o tema foi O nome do pai, abordando o filme Tango Livre e a obra Tango malandro, de Oscar A. Cesarotto. No canal do Instituto no youtube essas apresentações podem ser assistidas.

Instaurada a pandemia, o Cultura em Foco criou o espaço online pelo youtube e então foram inúmeras as obras discutidas. De filmes a livros, a teatro, a entrevistas. Houve momentos memoráveis que proporcionaram ao Instituto Legus um número considerável de inscritos no canal. Nesses momentos, as apresentações eram online e síncronas em determinados dias e horários.

Passados os dois anos, o Cultura em Foco continuou online e agora são representações gravadas que ficam à disposição de todos no canal. Toda segunda-feira, há vídeo novo. São quase 180 vídeos evidenciando a cultura contemporânea. O vídeo com mais visualizações foi sobre o filme O milagre na cela 7, 501 mil. Vale rever.

Parabéns, Instituto Legus e Cultura em Foco. Cinco anos de conhecimentos!

Vale conferir o canal e ver a live de hoje: https://www.youtube.com/@INSTITUTOLEGUS/videos

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Foto do escritorRoseli

Lançada em 2024, pela editora Todavia, A árvore mais sozinha do mundo, de Mariana Salomão Carrara, uma autora nascida em São Paulo bastante jovem, premiada algumas vezes, perpassa a narrativa de uma família que vive no sul do país cuidando de uma plantação de folhas de tabaco.

O que chama atenção no romance é a variedade de narradores e com eles uma linguagem específica. A árvore frondosa e venenosa que fica ao lado da casa da família que bem poderia ser uma mancenilheira que faz brotar frutos que podem matar e que fazem com que essa árvore seja por isso mesmo solitária, embora sua sombra e galhos proporcionem alegrias aos moradores. Ela no romance é uma anciã que narra fatos da família e sente não poder ajudar, mas diz em linguagem personificada: “O que uma árvore tem para fazer o dia inteiro é espiar os humanos por cima” (2024, p 11). Não é pouca coisa.

Outro narrador é uma perua Rural Willis lançada em 1957 cuja produção foi encerrada em 1970. A da família é bem antiga e está lastimável em todos os sentidos, ela sente saudades de tempos em que a família a usava para a diversão. Sabe que agora ela apenas transporta as sacas de folhas de fumo para a venda. O que chama a atenção é sua linguagem do campo daquela região do sul. Há um engolir dos plurais, uma voz arrastada em erres e em verbos que comem letras, assim ‘decidiro’ ela diria, em vez de ‘decidiram’ (2024, p85).

Oposta a essa há a linguagem do velho espelho que tudo vê na sala de jantar. É uma peça antiga e lusitana, a tudo assiste. Aos caprichos da menina Alice muito bela, aos desconfortos de Maria, mais menina e um tanto feia. Às desventuras do pai cansado e da mãe saudosa de outros tempos. Nota-se uma linguagem portuguesa com letras e acentos que não estão em acordo com a do Brasil.

E a crítica ao trabalho insano e ao veneno expelido pelas folhas de fumo está na capa protetora daquela família. Uma delas é a mais nova, sem furos. A preferida das crianças. O risco, no entanto, é iminente: “Mesmo comigo não tendo furo às vezes a torpilha...balança e entorta e escorre um pouco de remédio pelo pescoço delas... (2024, p 18-19).

Como se vê as personificações desses objetos aparecem como alertas. E nada eles podem fazer. Ou melhor, podem, eles observam, viram personagens e fazem denúncias pela obra.

Acompanhe a live pelo Youtube do Instituto Legus.https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

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Foto do escritorRoseli

Yèyīng (O rouxinol) é um filme de drama chinês de 2013 dirigido e escrito por Philippe Muyl. Foi selecionado como representante da China à edição do Oscar 2014, organizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. O filme no momento está disponível no Reserva Imovision Amazon Channel.

Há nessa obra a marcante metáfora do rouxinol que se impõe como ideia de enfrentamento das dificuldades sem temer o medo. Exatamente essa a proposta de um avô em relação à neta que tão somente conhece a vida em Pequim. Uma vida de comodidades e tecnologia favorecida por seus pais, principalmente o pai que é um famoso arquiteto. Eis que na viagem que a menina e o avô fazem a arquitetura mudará. Longe de enormes prédios da capital eles entram pela China milenar de construções lindíssimas e de pessoas simples sem que sejam simplórias, de cidades rodeadas pela natureza e por perigos que elas também têm. A menina aprenderá que a sobrevivência vem de outra maneira, não que nesses locais não exista a tecnologia de tablets ou celulares, mas brincar entre árvores ainda é mais divertido.

A saga de chegar ao lugar em que a família do avô começou tem como objetivo levar o já velho rouxinol para que a avó já morta possa ouvi-lo cantar. Ao mesmo tempo, é uma trajetória em busca de origens, de saber lidar com o medo como na metáfora do rouxinol.

Acompanhe a live pelo Youtube do Instituto Legus. https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

 

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