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Blogue da Roseli

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A obra foi publicada em 2025 pela editora Estação das Letras e Cores e apresenta uma discussão sobre a ética no seu papel e trave moral contra abusos e riscos; e mostra também o envolvimento da criatividade humana frente ao potencial que se diz criativo da Inteligência Artificial, a IA generativa, que adquiriu a capacidade de gerar discursos, imagens e vídeos como se fosse humana. Assim, no livro, o foco é o confronto que se dá entre IA e arte.

São 14 capítulos densos que mostram a onipresença invisível da IA à criatividade na IA generativa, apontando teoricamente os temas que envolvem a IA e suas atividades práticas, como é o caso do chatgpt.

Basicamente, a obra aponta: Fundamentos da Ciência e Criatividade, Implicações Éticas, O Papel da Supervisão Humana, Criatividade na Era da IA e Desafios e Soluções.

Em essência, o livro busca promover uma reflexão crítica sobre como podemos navegar na era da inteligência artificial, equilibrando a inovação tecnológica com a responsabilidade social e a manutenção do discernimento e da criatividade humanos

Na abertura, a autora reitera pontos sobre a semiótica de Peirce que a levaram a pesquisar a semiótica cognitiva e a IA: semiótica (os fins do pensamento), ética (os fins das ações), estética (os fins dos sentimentos). Quanto à criatividade, mostra que a formação em música, letras, literatura, artes e psicanálise criaram em sua escritura uma segurança para tratar dessa relação, então, da IA, da ética e da criatividade.

Acompanhe a live no site do Instituto Legus. https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS

 
 
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Mais do que comentar uma obra, apontamos a relação de um pai, escritor, Paulo -Edgar Almeida Resende, com seu filho, o editor do original da obra, Paulo Edgar da Rocha Resende. Em que sentido?

Paulo Edgar, filho, debruçou-se sobre manuscritos do pai, Paulo-Edgar, para dar-lhe a forma de um livro concatenado em que pese, segundo palavras desse editor, ‘a árdua tarefa de revisar esta obra só me foi possível uma vez superado o luto’.

Há aqui duas reflexões: a relação intelectual entre pai e filho, e a questão do luto. Diríamos que o luto encontrou no tempo de espera a realização de um último suspiro intelectual do autor que durante sua vida foi professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCSP com ênfase em Relações Internacionais.

Diante do trabalho acadêmico do pai, Paulo Edgar reuniu alguns amigos para compor partes da obra: o prefácio feito por Gilberto M.A. Rodrigues, ex orientando de Paulo-Edgar e hoje também um professor e acadêmico. Para o posfácio trouxe Tullo Vigevani com a mesma profissão, professor de Ciência Política da UNESP.

Segundo Regina Maria A. Fonseca Gadelha, do departamento de economia da PUCSP, é um livro científico e humanista que revê-la a grande erudição pela qual Paulo Resende transita por todas as áreas das ciências sociais. De fina crítica, inician­do-se da antiguidade até a análise dos cenários do pós século XX, desconstrói mitos e consensos. Permite aos leitores refletirem sobre o funcionamento das sociedades modernas, des­cons­truindo a teoria da guerra preventiva, demonstrando o entre lançamento dos direitos humanos em complexa interdependência com os múltiplos racismos presentes, inclusive na formação da América Latina. A escrita apresenta-se alicerçada em um olhar de realismo otimista, ato de fé em relação às ações da humanidade. Não um otimismo vazio, mas crítico sempre e, às vezes, irônico. Este livro, mais do que atual, apresenta-se como leitura indispensável não só para pesquisadores e alunos, mas também para um público de maior espectro aquele que se compraz na leitura mais aprofundada do campo expandido das agendas políticas contemporâneas e no universo das ciências políticas e sociais.

O resultado é uma obra de fôlego para a área e, mais do que isso, uma homenagem póstuma. A obra foi publicada em 2025 pela Editora Insular.

Pesa aqui, reiteramos, o reconhecimento filial sobre a obra paterna. Esse é o foco de apresentarmos o livro a leitores especializados no tema.

Acompanhe a live no site do Instituto Legus. https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS

 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 24 de nov.
  • 1 min de leitura
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Lançado em 2025, o filme tem direção de Gabriel Mascaro. Ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim.

Tereza, de 77 anos, viveu toda a sua vida em uma pequena cidade industrializada na Amazônia, até o dia em que recebe uma ordem oficial do governo para se mudar para uma colônia de moradias para idosos. A personagem divinamente interpretada pela atriz Denise Weinberg decide que não precisa deixar sua vida para deslocar-se a um retiro. Decidida, ela parte em busca de solução mesmo tendo que reagir às diversas vezes em que precisa da autorização da filha até para comprar uma passagem de ônibus. Corajosa, dribla a perseguição até encontrar o marinheiro Cadu, também bem colocado pelo ator Rodrigo Santoro, que apresenta a ela o caracol Barba Azul cujas gotas postas no olho poderão mostrar o futuro das pessoas.

Ela descobre nessa viagem que precisa voar, tomar um avião clandestino para livrar-se da ‘carrocinha dos velhos’, o transporte de idosos para o refúgio que ninguém sabe muito bem como é. Mas é a lei. Ao completar determinada idade, as pessoas são banidas da sociedade. Teresa não aceita.

Nessa busca pela liberdade, sabendo que seu destino é voar, ela passa por muitas e estranhas situações até encontrar um barco, o de Roberta, que aceita levá-la. Antes que possa ser enganada mais uma vez, Teresa assume o controle de sua vida.

De uma Amazônia inóspita e poluída, chegamos com ela  a um outro universo da região com a beleza de rios que compreendem a metáfora de Roberta: seguir viagem, sempre. Como um sonho fluido.

Live no site do Instituto Legus - https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS

 
 
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