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O castelo branco, de Orthan Pamuk

  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • há 12 minutos
  • 1 min de leitura

Orthan Pamuk nasceu em 1952, em Istambul. Ganhou o prêmio Nobel de literatura em 2006. A obra O castelo branco é sua primeira publicação em 1979 e conta a história de um acadêmico veneziano aprisionado pelos turcos no século XVII. No Brasil, o livro foi publicado pela Companhia das Letras.

Chama atenção nessa obra a relação conturbada entre esse veneziano e Hoja a quem ele foi dado de presente. Aí começa a viagem que ambos fazem, na posição de escravo e seu amo a ponto de em algum momento da narrativa eles começarem a ter semelhanças corporais como a de gêmeos como em uma rara vivência intensa de ambos. Ele passa a ensinar tudo o que aprendera inclusive a contar suas experiências familiares ao amo o que nos faz pensar em uma posição de espelho entre esses dois personagens. Também fica evidente a ideia de superioridade da Europa (o veneziano) aos Outros (Hoja, o turco).

Nessa convivência atendendo a desejos do sultão turco, eles engendram projetos com máquinas destruidoras, armadilhas diabólicas e inclusive começam a interpretar os sonhos do soberano. O final, diante dessas colocações, é extraordinário. Quem era Hoja? Quem era o veneziano? Quais máscaras vestiram e desvestiram? Como explicar ‘quem somos’? Respostas que, segundo a obra, estariam nos nossos sonhos e em nossos pecados.

Apesar de a obra estar inserida em momento histórico, há referências à humanidade contemporânea passando por guerras estúpidas e epidemias que transformaram nossas vidas em trevas mentais.

Live no YouTube do Instituto Legus - https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

 
 
 

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