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Blogue da Roseli

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Desde 2010, o Café Lacaniano invariavelmente acontece na Livraria da Vila da Fradique Coutinho em São Paulo. Durante parte da pandemia, o evento se tornou on line e logo retornou à casa original. Dele fazem parte, digamos permanentes, os psicanalistas Oscar Cesarotto, Fani Hisgail, Paul Kardoux e João Ângelo Fantini. O quarteto recebe convidados como psicanalistas, artistas, semioticistas entre muita gente que trabalha de uma ou de outra forma as ideias do psicanalista francês Jacques Lacan.

Para saber as datas dos encontros, você poderá inscrever-se nas páginas do Café Lacaniano no facebook: https://www.facebook.com/search/top?q=café%20lacaniano e no instagram: https://www.instagram.com/cafelacaniano_desde_2010/

O encontro de março de 2024 recebeu palestra de Fani Hisgail e João Ângelo Fantini tratando de um tema relevante no contemporâneo: a pedofilia. A psicanalista Fani teceu considerações sobre esse assunto que desenvolve desde seu doutorado e que pode ser conferido no livro: Pedofilia, de 2016, publicado pela editora Iluminuras.

Acompanhe a live no YouTube do Instituo Legus - https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

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O filme é de 2024 e está disponível no catálogo da Netflix, tem direção de Juan Carlos Frenadillo. Em síntese bem simplória, temos uma jovem que concorda em se casar com um belo príncipe, por conta da situação financeira de sua família, apenas para descobrir que tudo não passou de uma armadilha. Ela é jogada em uma caverna com um dragão cuspidor de fogo e deve confiar apenas em sua inteligência e vontade para sobreviver.

De pronto, parece-nos o release de um conto de fada como tantos. No entanto, a Profa. Jorgina Santos apontou algumas divergências. A mais elementar é a mudança que aponta uma heroína, e não um herói, para a luta contra o mal, o dragão.

Essa mudança leva-nos a pensar na militância woke (de wake no passado- acordei), ou seja, aquela que surgiu no final da década de 2010. O termo foi adotado como uma gíria mais genérica, amplamente associada a políticas identitárias, causas socialmente liberais, feminismo, ativismo LGBT...+ e questões culturais (com os termos woke culture e woke politics também sendo usados). A questão é que o termo acaba muitas vezes sendo alvo de memes, uso irônico e críticas. Pena porque o termo foi identificado e atribuído a princípio a pessoas conscientes do mundo social, político, econômico etc, envolvendo as questões de gênero, por exemplo, mas também questões indígenas e africanas. Em suma, ter a consciência de um papel a exercer em defesa de grupos marginalizados. Por outro lado, essa ideia leva a cancelamentos daqueles que avançam contra esses grupos. Muitas vezes, os cancelamentos são de violência, mas alertam para o olhar às políticas liberais ou de esquerda.

O tema está longe de ter consenso. O filme está aí para ser um elemento reflexivo. O que não quer dizer que seja uma obra inovadora do ponto de vista cinematográfico. De qualquer forma, mostra que a donzela não é mais uma vítima, ela vai se virar, e se vira, para sair das garras do dragão que expele fogo. No fundo, a metáfora do encontro consigo mesmo.

Acompanhe a live no YouTube do Instituo Legus - https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

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Primeiro de abril costuma manter a tradição de pregar peças em alguém. De preferência que a mentirinha seja mesmo uma brincadeira que não machuca ninguém, inofensiva.

Coube ao Pinocchio, o boneco de madeira, imortalizar a ideia da mentira como algo perigoso e , mais, que faz crescer o nariz de quem mente. Essa sensação é um tanto física porque mentir nos deixa inseguros, com a respiração tensa e, por isso, a ideia de que de fato o nariz cresce.

Da inocência a atos grotescos e ofensivos, a mentira pode chegar a agressões morais, psíquicas e até políticas. Nesse sentido, o termo que ficou em nosso imaginário das transmissões midiáticas ou pelas redes são os da fakes news. Assim, uma verdade verbalizada que contém, por certo, dados duvidosos que criam prejuízo ao conhecimento dos fatos. Isso tem acontecido de muitas maneiras, mas na política causa efeitos desastrosos acerca dos candidatos a cargos públicos.

O mundo ideal é aquele em que checamos os fatos antes de disseminá-los e causar tumultos. A desinformação pode se tornar perigosa. Antes de dizer sem certeza, certifique-se de que a notícia tem fundamento e que quem a está divulgando é sério em sua área de atuação.

Quanto àquelas mentirinhas, não se engane, sempre causarão danos a terceiros e, pior, a você mesmo já que como diz o ditado: ‘Mentira tem perna curta!’

Recomendo a leitura do livro da Profa. Lucia Santaella: ‘De onde vem o poder da mentira?’, uma publicação da Editora Estação das Letras e Cores (2021). Acompanhe a live no YouTube do Instituo Legus - https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

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