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Blogue da Roseli

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  • Foto do escritorRoseli

A chegada do inverno no Brasil marca-se no dia 21 de junho. Com o tempo frio as campanhas solidárias se avolumam. Sempre é bom se perguntar o porquê então as doações não são feitas ao longo do verão e do outono. Com a baixa temperatura, muitas vezes, as necessidades de proteção contra a ação do frio glacial chegam tarde demais. Ou nem chegam.

Mas exemplos múltiplos de solidariedade merecem registro e apoio. Aliás, sempre é muito fácil falar daquilo que está longe de nós. Adoções, compaixão, amor parecem repercutir muito mais quando nos vemos na ilusão identitária provocada pela arte como no cinema, por exemplo.

No filme O pescador de ilusões (1991), de Terry Gilliam, encontramos essa identificação que nos coloca a questão da solidariedade. Parece fácil pensar assim, as tristezas e as mazelas humanas ali retratadas nos comovem. Por quê? Simples. Se passamos pelas ruas em frias noites podemos com certeza ver pessoas em situação de penúria dormindo sob papelões. Por que não paramos? Por que não exercitamos nosso respeito por outro ser humano? Em suma, por que choramos pelo personagem do filme que se transforma em mendigo por conta de uma tragédia? Entendemos a situação. No entanto, difícil pararmos para perguntar ao ser com que nos defrontamos o que o levou àquela situação.

Felizmente, há muita gente que pergunta, ajuda, mostra compaixão, um encontro de almas. Exatamente o encontro de dois grandes atores no filme citado: Robin Willians e Jeff Bridges. Esses homens amargurados, deprimidos, vão descobrir afinal que não estão sozinhos. A solidão encontra a solidariedade.

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A conversa em 'Histórias do Carnaval' da Editora Todas as Musas será um lançamento oficial da antologia em relação a textos sobre o carnaval. Sobre esse tema, meu texto fala sobre carnavais antigos e contemporâneos. O título ' Eu te beijaria se fosse quinta-feira' é uma homenagem à fala de um certo Pierrot a sua Colombina. Nesse sentido, é também uma lembrança familiar.

Aguardo vocês no facebook no link abaixo

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Filariose linfática é a denominação médica, científica, da Elefantíase. Trata-se de uma enfermidade que provoca deformações corporais como pés enormes por inchaço, transformações exageradas na pele que implicam em dor e sofrimento físicos, mas principalmente psicológicos porque muitas vezes a pessoa passa a ser irreconhecível além de causar espanto a quem as olha. Disso decorre preconceito justamente por desconhecermos as causas da deformação.

A doença é causada simplesmente pela picada de um mosquito. Avassaladora a invasão que isso provoca pelas larvas do parasita. Há, porém, remédios que podem curar ou amenizar efeitos da doença. No entanto, muitas vezes, será necessário acompanhamento psíquico para que o paciente possa suportar as humilhações que sofre à frente de pessoas.

Uma das obras do cinema que mostrou essa comorbidade é o filme que trata da gravidade da doença, na verdade da neurofibromatose múltipla, O homem elefante (1980), do cineasta David Lynch. Outra obra que abordou deformidades foi a de 1985, Mask (ou Marcas do destino), de Peter Bogdanovich. Bem mais recente é o filme Extraordinário (2017), de Stephen Chbosky.

Em comum essas obras mostram pessoas com deformidades cujo sofrimento vai muito além da dor física, atingem a incompreensão humana da solidão.

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