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Blogue da Roseli

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O Grupo de Pesquisa: Encontros Interculturais na EAD – Narrativas de Vida dos diferentes brasis do qual faço parte participará às 10h 30 do dia 05/10/ 2021 de uma mesa redonda sobre Narrativas Cinematográficas, literárias e culturais na qual falarei sobre o tema Narrativas de Vida: Cinematográficas.

Espero você lá!


Link para ingresso na mesa redonda https://zoom.us/j/91834781683


 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 4 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

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Dois momentos cinematográficos apontam para a ainda questão difícil do bullying. A minisserie disponível pela Netflix, AlRawabi School for girls (2021), é dirigida por Tima Somali com a colaboração no roteiro de Shirin Kamal. Elas são da Jordânia assim como a escola e as meninas que aparecem na serie.

O impacto dessa serie torna-se relevante por apontar como vivem essas meninas, de qual sociedade participam e as relações que se estabelecem na escola entre elas, professores e a direção.

O que a torna muito semelhante a qualquer escola é o fato de se estabelecer entre as estudantes uma brutal violência, aquela que reconhecemos como bullying independente de termos uma escola só para meninas, caso da minissérie, ou de escolas mistas como no Brasil.

Uma das adolescentes, Mariam, torna-se o alvo predileto da estudante Layan que conta com o poder de seu pai perante a escola para sair livre de todas as atitudes que toma: bullying, fuga da escola para encontrar-se com o namorado, imposições para participar do futebol da escola, entre outras travessuras.

A questão do bullying, sabemos, é desastrosa na vida de crianças e adolescentes. Essa prática sistemática e repetitiva de assédio verbal ou físico - ou ambos- provoca impotência que pode levar jovens ao afastamento escolar, mas também a tragédias pessoais. Muitas vezes, esses jovens aterrorizados são levados a ações que os colocam em risco, colocam em risco aqueles a sua volta.

Não é surpresa o que essas agressões provocam em Mariam. Não é também surpresa o modo como ela reage, com mais violência, e os efeitos danosos dessa ação.

Em Dias Melhores – Shao nian de ni - (China, produção de Hong Kong, 2019, indicado como melhor filme internacional em 2021), o diretor Derek Tsang retrata a violência sofrida pela protagonista ao mesmo tempo que revela nuances aproximativas entre dois jovens de mundos tão diversos em uma China competitiva. Nesse sentido, a união da moça, ávida por passar no vestibular, e do rapaz membro de gangue, mostra que ao lado das humilhações o afeto aparece como um anjo da guarda.

Em que pese um final ameno, vemos a tragédia desencadeada por conta das humilhações sofridas por Nian. Vinganças intencionais ou não acabam sendo o resultado das violências. O filme está disponível no Telecine.

Não percam!

 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 27 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

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‘Navegar é preciso, viver não é preciso’, disse no século I a.c o general Pompeu:

“Navigare necesse, vivere non est necesse.”

O verso eternizou-se por meio do poeta Fernando Pessoa que trabalhou essa metáfora em seu poema ‘Navegar é preciso’ configurando a ânsia humana da criação. Viver tão somente sem que essa vida seja dirigida a pessoas, lugares, arte, é mesmo insignificante.

O fato é que viajar, ainda que às voltas do próprio quarto como diria outro poeta, tem essa conotação de abertura. Fato incomparável português é a busca de novas paragens, de novos horizontes, de novas culturas. Eis o que buscamos no turismo ou mesmo no simples fato de sair de um porto segura à busca de outros em que melhores e dignas condições de vida possam surgir. Sem parar, há um número contingente de migrantes e imigrantes que estão circulando nesse sentido. Uns fogem das agruras da terra inóspita e hostil; outros, de uma cultura que lhes nega simples prazeres. Outros ainda para buscar o diferente, o inusitado.

As trocas em viagem são coloridas, são novos pratos culinários, especiarias, leituras. São o conhecimento de povos, de detalhes da natureza, são inscrições de cultura. É possível que façamos tudo isso sem que saiamos de nossas vidas de costume. Um livro, um filme, uma serie sobre continentes apontam-nos uma riqueza de saberes e de sabores.

Mas que de fato e fisicamente falando sair para o mundo tem uma alegria e mesmo um temor que mexe com todo nosso corpo, nossa alma, nossas mais recônditas crenças. Chegar a algum lugar estranho nos coloca frente a esse desconhecido com quem precisamos conversar, precisamos conhecer, entender que cultura é a dessa gente, o que comem, o que apreciam? Voltar, ou decidir ficar, vai mudar a sua vida. Sim, ‘navegar é preciso’. Eis o sentido maior do termo ‘emoção’: sair, mover-se. Navegar.

 
 
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