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Blogue da Roseli

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  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 20 de set. de 2021
  • 1 min de leitura

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Sempre que o termo ‘clínica’ se coloca, votamos o olhar à área médica de consultórios, divãs, spa, odontológico, enfim, a um espaço de cuidados para a saúde. Individuais ou em grupos, seres convivem com a clínica. Há um famoso hospital, Hospital das Clínicas, que reúne em um único lugar várias especialidades. Assim, há também as clínicas que trabalham as questões psicológicas e suas interligações com áreas como a saúde, a educação e a cultura.

Como seria uma clínica da cultura? Que sintomas essa cultura poderia apresentar? A cultura poderia estar adoecida, perturbada psiquicamente? Em tempos de grande tensão, como o vivido nos anos 2020-2021 sob efeito do coronavírus COVID 19, transformam o cotidiano cultural?

Nesse sentido, basta que olhemos ao redor. As grandes guerras não apenas modificam espaços culturais com a destruição, mas criam novas propostas de abertura como vacinas, tratamentos que se aprimoram. Em tempos pandêmicos, em que as pessoas não visitam parques públicos, exposições, espetáculos, também aumentam o stress geral para além de um único caso de depressão, por exemplo.

É possível um estudo dos sintomas dessa cultura em dado momento e em várias épocas vividas em conjunto com intensas tragédias, mas também com altas doses de entusiasmo e de felicidade.

Freud introduz a escuta na clínica e também surpreende em propor análises da cultura com casos clínicos bem conhecidos como o Homem dos ratos. Suas leituras de obras culturais como o Moisés, de Michelângelo, são brilhantes. São propostas de análises culturais que trabalham o uso da linguagem (a semiótica) e sintomas psíquicos (a psicanálise). Enfim, uma leitura de produções intelectuais, sociais, culturais... e psíquicas.

 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 13 de set. de 2021
  • 1 min de leitura

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As relações entre cinema e psicanálise remontam ao nascimento de ambos marcadamente no século XX com apontamentos já ao final do século XIX. Esse fato traz a força de que alguns elementos são muito comuns à arte cinematográfica e elementos da psicanálise como chistes, atos falhos e principalmente sonhos.

Considerando o contemporâneo, perguntamos: o que acontece durante o espetáculo cinematográfico? Estamos em uma sala escura em que à frente uma tela nos invade convidando a uma identificação. Uma espécie de catarse ali se realiza. Somos vários ao mesmo tempo, estamos em muitos lugares, lidamos com inúmeros sentimentos. Rimos, ficamos deslumbrados, podemos até chorar.

Com muita semelhança, sonhamos. Estamos também em um processo de identificação, uma catarse também se realiza. Somos sobressaltados em torpor, somos invadidos de imensa alegria. Algo no sonho nos transporta para um simbólico mundo que, como melhor seria, é posto a desvendar em uma sessão analítica.

Um ponto interessante é ver filmes em que as temáticas psicanalíticas estão próximas de nossos olhos. Casos de psicose, casos de múltiplas personalidades, as perversidades, os complexos edipianos. Há várias obras e cursos que exploram essa frutífera relação como é o caso dos livros e vídeos do psicanalista Christian Dunker que elaborou uma coleção temática ‘Cinema e Psicanálise’. Ou como o livro desta colunista apontado na imagem deste post. Boas leituras.


 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 6 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

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Muito se debate sobre exatamente o que seja inteligência. Levando em consideração a etimologia do termo é possível relacionar a ideia de interligação ao fato de termos inteligência. Não se trata de uma medição, como QI, mas de entender como lidar com habilidades, como enfrentar o novo, como se relacionar. Enfim, sair de uma zona de conforto, aliar-se a outras pessoas, inscrever-se no mundo.

Na área da educação, muitos pesquisadores se debruçaram sobre o como estudantes aprendem. De Piaget a Paulo Freire, discute-se se somos uma folha em branco a ser preenchida ou se já trazemos informações em nossa genética.

Para tentar entender o que é inteligência, o termo recebe e recebeu vários adjetivos como inteligência emocional, inteligência relacional e, um dos mais polêmicos, inteligência artificial. Mas observando obras da ficção científica, entendemos ao menos como o conceito de inteligência é trabalhado porque para ensinar ao robô, por exemplo, coisas até bem simples, podemos perceber como isso acontece. Em outras palavras, vê-se que muito da aprendizagem encontra-se na repetição daquilo que o outro faz.

Questões que se colocam a respeito de saber se as máquinas podem pensar levantam a suspeita de que se a resposta for sim elas poderiam dominar os humanos. Esse poder daria a elas a mesma importância ou até mesmo uma superioridade. Não é muito diferente do que se diz sobre a inteligência emocional. Se dominada a emoção, esse ser humano também seria dominante em relação a outros. Vale o mesmo raciocínio para a chamada inteligência relacional que se estabelece no campo do trabalho. Saber trabalhar em equipe pode dar vantagens.

Tendo como parâmetro os ensinamentos da psicanálise de Freud e Lacan, é possível então perguntar, o que seria uma inteligência libidinal? Uma inter-relação com a libido, essa fonte de energia que nos move seria um bom ponto de partida. E será que robôs poderiam ter esse acesso libidinal? Segundo a ficção científica, sim. Observando essas obras poderemos entender como poderíamos ser inteligentes libidinalmente. Robocop, o robô bicentenário ou o androide de AI parecem dizer que sim.

 
 
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