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Blogue da Roseli

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  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 14 de mar. de 2022
  • 1 min de leitura

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Na obra Sete contos que nunca me contaram (2022), de Susana Ventura, são apresentados na verdade 8 contos, todos de autoria feminina, com publicações entre os séculos 17 e 19. A autora traduziu e adaptou esses contos com uma linguagem contemporânea sem, contudo, alterar dados históricos neles presentes nem a narrativa típica dos contos de fada.

Em alguns deles, como é o caso de Bete Felpuda, a narrativa se encerra com um toque de ironia que nos traz de volta ao contemporâneo: “(...) Naquele dia, Bete, o rei, o pai, a madrinha e todos os convidados comeram até ficar estufados – e nós continuamos aqui, contando os centavos.”

Na apresentação e no final da obra, o leitor poderá conhecer quem é a escritora, as ilustradoras e o contexto de cada um dos contos e o porquê de a autora ter resolvido traduzir e adaptar essas obras.

A edição do livro é da Biruta, um excelente e lindo trabalho de composição que tem um brilho especial das ilustradoras que, como se pode ver, também acompanharam a adaptação para o contemporâneo.

 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 7 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

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A maternidade está na ordem dos discursos do século 21. Não que não houvesse discussão antes a respeito, mas considerar sublime fato de ser mãe, pensar que todas as mulheres querem ou obrigam-se a ser mãe, exige vários olhares em função da mudança de estrutura familiar de nossos tempos. O fato é que há mulheres buscando a maternidade sem a companhia de um companheiro ou de um pai que a acompanhe nesse processo. Por outro lado, o núcleo familiar vai muito além da maternidade feminina e de um par ‘marido-mulher’. Os casais vêm de diferentes gêneros e mesmo essas diferenças não implicam necessariamente que eles queiram a maternidade, que queiram uma criança, deles ou adotada.

Sobremaneira, o cinema recente abordou a temática em dois brilhantes filmes: A filha perdida (2021), de Maggie Gyllenhaal, e Madres Paralelas (2021), de Pedro Almodóvar.

A filha perdida está baseado no romance homônimo de Elena Ferrante, pseudônimo de uma romancista italiana cuja verdadeira identidade é desconhecida do público. No filme, a protagonista está em férias quando vê chegar uma família barulhenta e imensa o que contrasta com suas intransigências na busca da solidão e paz para seus estudos em Literatura Comparada. O clima esquenta com o desaparecimento de uma menina da família. Logo encontrada, a narrativa se volta para outro desaparecimento, a boneca da menina. Uma serie de sentimentos começam a aparecer relacionando a maternidade da mãe da menina à infelicidade maternal da professora.

Madres Paralelas volta-se à questão da maternidade desejada e indesejada que assola duas personagens, uma mulher por volta de 40 anos ainda sem filhos, e desejante de tê-los, e uma adolescente em meio a descobertas ainda de sua vida. Ambas ficaram grávidas por acaso. O resultado é uma leitura do momento contemporâneo em meio a DNA e buscas tanto da origem dessas crianças quanto dos corpos de desaparecidos na ditadura espanhola.

Link para o trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=50cJUKw9RU8


 
 

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A folia está no auge na segunda-feira. As escolas e blocos desfilaram e o momento é de espera para saber quem venceu o campeonato...Não neste 28 de fevereiro de 2022! As aglomerações estão em crise por conta do advento de nova cepa do coronavírus COVID19. Os foliões estarão em casa revendo imagens de passados carnavais. Ou, quem sabe, apreciarão a arte no carnaval como a do quadro “Luzes do Impressionismo”, de Isac Vieira que retrata em cores vivas e contornos esmaecidos um flash carnavalesco. Esse grande artista plástico pernambucano merece um pulo do nosso olhar. Contemporâneo de traços impressionistas. Viva o Carnaval na tela!

 
 
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