- Roseli

- 21 de jul.
- 2 min de leitura

Publicada pela Editora Baobá, em 2022, a obra de Adriano Messias foi ilustrada por Mariano Martin, e comentada em vídeo pelo também escritor Frederico Moreira conforme podemos verificar no link https://www.youtube.com/watch?v=IEqSSGkE9Sg, disponível pelo YouTube.
Indicado para crianças do Ensino Fundamental, a obra é apontada como literatura infantil. Sempre é possível discutir se a literatura infantil se dirige apenas a crianças. No caso desse sapo apaixonado, a narrativa pode ir além da seleção etária já que a partir do título o leitor se depara com elementos poéticos. O choro da chaleira choradeira é uma onomatopeia nas próprias letras, nos fonemas, que indicam um ‘chiiii’ que combinará ao som da ‘fala’ do sapo, o coachar. A personificação do sapo e de outros elementos do texto incorporam essa poética, mesmo que saibamos que as histórias infantis costumam usar esse artifício. O inanimado toma vida. As aproximações metafóricas não param apenas nesse ponto, um tanto comum à literatura infantil. Vão além, aproximando a geografia do lugar àquelas que formam cenários à narrativa quixotesca, explicada ao final da obra. Ali também há informações sobre o escritor, o ilustrador e tantas coisas mais.
O ser anfíbio do sapo também requer didática aos leitores assim como soam lindas as palavras aliteradas: ‘piou um pardal empoleirado’. O que dizer dos nomes encantadores da sapeia, da giganta, da princesa-sapa, a anfíbia, a jabota? Todos interessantes e diferentes. Cabem ao ensino o professor que se aproveitará da narrativa para as aulas de língua portuguesa assim como a professores de literatura que podem se aproveitar dessa nomeação como é o caso da filha, Ismênia. Ismênia da poesia Ismália, de Alphonsus de Guimarães; desse amor quixotesco da obra de Miguel de Cervantes. Uma obra infantil cujas ilustrações belíssimas acompanham uma história de amor, uma história inteligente que trata o leitor com respeito.
Confira a Live no YouTube do Instituto Legus.



