A garota da agulha
- Roseli
- 31 de mar.
- 2 min de leitura

A obra é de 2024, dirigida por Magnus von Horn. Em branco e preto, o filme faz contrastes em cena mostrando roupas e rostos em obra de arte,
No contexto, uma jovem grávida e recém-desempregada luta para sobreviver em Copenhague após a Primeira Guerra Mundial. Ela é acolhida por uma mulher carismática para ajudar a comandar uma agência de adoção clandestina. As duas formam um vínculo inesperado, até que uma descoberta repentina muda tudo. A mulher que dizia a jovens que a procuravam que daria seus bebês doados a famílias de bem faz exatamente o oposto. Recebe dinheiro e descarta os bebês. Dagmar Johanne Amalie Overby (1887-1929), a mulher da vida real que serve de modelo ao filme, assassinou dezenas de crianças em Copenhague. A motivação era financeira. Assim como no filme, Dagmar lucrava sendo a intermediária entre mães que queriam se livrar de bebês, como é o caso da protagonista da obra. A jovem do filme também se encontra em penúria, o marido desaparecido na guerra, sem lugar para morar, encontra trabalho como costureira e cai nas graças do dono, engravida. No entanto, o homem a abandona ao saber de sua gravidez e a mãe dele, a verdadeira dona do lugar, a despede. Sem saber como se sustentar e com um bebê ela o leva à casa dessa mulher para que o dê a quem possa ajudar. O que se vê é que quando ela descobre que as adoções não existem o mundo desaba porque ela quer saber de sua filha. Descobre que como os outros bebês a menina foi sacrificada.
Tempos sombrios do pós-guerra em um belíssimo filme disponível no MUBI.
Acompanhe a live pelo YouTube do Instituto Legus https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS
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