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Educação da tristeza

  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 27 de out.
  • 1 min de leitura

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Pode haver uma imagem mais poética do que mostrar que a tristeza é educativa? De fato, estarmos tristes ensina quais são os valores importantes em nossa vida. É uma espécie de reflexão sobre o que deve ser relevante. Nada mais triste do que a perda das pessoas. A partida delas vai nos lembrar a todo instante do quão pouco precisamos. Algo natural que nos pega sempre desprevenidos.

Educação da tristeza refere-se a um processo de aprendizagem e reflexão sobre a dor e a perda em que a tristeza não é um obstáculo a ser evitado, mas sim um sentimento que, ao ser compreendido e aceito, transforma e enriquece o indivíduo. Essa ideia é central no livro do escritor português Valter Hugo Mãe que aborda o luto, a saudade e a existência de forma íntima e poética, convidando à aceitação da dor como parte integrante da vida e do amor. 

A obra completa essa reflexão sobre a aprendizagem de viver com ilustrações do autor que de forma belíssima estão entremeadas às páginas. Há corpos fazendo-se perceber por braços, pernas e bocas que se abrem para engolir e expelir aquilo que dói, que causa apreensão. Assim percebemos que “As mães e os pais dos mortos são muito sem sentido”, “Os que morrem faltam em toda a parte e até no que dizemos, porque temos medo de dizer seus nomes, que pousam nos lugares como animais perplexos”, “Os mortos são casas que arrombamos sem respeito”, segundo o autor.

Assim somos educados.

Acompanhe a live pelo canal do Instituto Legus

 
 
 

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