![](https://static.wixstatic.com/media/1e6ff6_0e007edeaecd4931b137d9891e9244ae~mv2.jpeg/v1/fill/w_146,h_90,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/1e6ff6_0e007edeaecd4931b137d9891e9244ae~mv2.jpeg)
Um dos principais nomes da literatura espanhola contemporânea, Rosa Montero nasceu em Madri, em 1951. É autora de diversos livros aclamados mundialmente, como A RIDÍCULA IDEIA DE NUNCA MAIS TE VER, NÓS, MULHERES e A BOA SORTE, publicados pela Todavia.
A obra O perigo de estar lúcida foi publicada pela editora Todavia em 2022. Rosa Montero traça um imenso panorama de autores e autoras como Sylvia Plath e Virginia Woolf que navegaram e naufragaram pela loucura e por tratamentos severos à base de eletrochoques para que recuperassem o que talvez possamos chamar de bom senso.
Montero passa pela ficção de obras e de suas próprias obras para questões científicas, neurológicas acerca da esquizofrenia, da depressão, das doenças que afetaram grande parte de escritores e escritoras. Segundo autora, esses artistas, notadamente os da literatura, são de certa forma considerados loucos. E, enfim, estar lúcida também seria não escrever, não entrar nesse universo da criação, da ficção.
A autora traz uma pesquisa longa e de fôlego sobre o tema e junta a isso suas próprias reflexões a respeito de haver um outro; no caso, uma outra dentro dela, como talvez pudessem ser os tantos outros de Fernando Pessoa, seus heterônimos.
Em alguns momentos a obra se torna densa por conta de inúmeras citações, todas elas apontadas ao final da obra. Mais que ficção, vê-se um longo ensaio sobre a relação entre loucura e arte ou entre loucura e artistas criativos.
Live no YouTube do Instituto Legus