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Viagem de Petersburgo a Moscou

  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura
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Uma viagem reflete alguns aspectos metafóricos que seguem muito além da trajetória. É possível viajar sem a denotação que o termo expede. Tomamos a ideia de reflexão nesse sentido. Uma busca por sabermos quem somos nós. Busca inútil, mas necessária. De certa forma, seria impossível sabermos tudo sobre nós, sobre lugares, sobre o que nos cerca. Trata-se, quase sempre, de viagem imaginária, mesmo que percorrida de fato.

Na obra, Viagem de Petersburgo a Moscou, o escritor Aleksandr Radischev faz um pouco disso o que levou à prisão decretada por Catarina II. Como o preço que sempre pagamos por nossas descobertas.

Publicado pela primeira vez em português e com tradução direta do russo, Viagem de Petersburgo a Moscoué a principal obra de Aleksandr Radíschev, considerado o fundador da tradição revolucionária na literatura russa. Em seu relato de uma viagem fictícia de São Petersburgo a Moscou, por meio de uma rota postal que passa por diferentes cidades, Radíschev retrata um quadro em que sobressaem a injustiça social, a miséria e a brutalidade. Incorporando elementos diversos para construir sua narrativa, o autor, ao expor as mazelas do Império Russo, oferece também uma crítica à servidão, à autocracia e à censura. Considerado por muitos revolucionários o primeiro de uma linhagem de escritores russos que fizeram de sua obra veículo privilegiado para transmitir uma mensagem de transformação social, o autor cria uma língua literária singular, uma linguagem literária inovadora. Lançado pela primeira vez em 1790, no reinado de Catarina II e um ano após a Revolução Francesa, a obra irritou a imperatriz. Condenado, Radíschev foi enviado para um exílio interno na Sibéria onde passou quase seis anos longe de sua família. Pouco tempo depois do cumprimento de sua pena, Radíschev colocaria fim a seus dias, vindo a falecer em 24 de setembro de 1802.

Acompanhe a live pelo canal do Instituto Legus

 
 
 

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