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Blogue da Roseli

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No ido século 20, a Semana de Arte Moderna ocorreu em São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal da cidade. Justamente no ano de 2022 completam-se 100 anos do acontecimento que reuniu nomes expressivos do Modernismo brasileiro como Oswald de Andrade, o compositor Villa Lobos, a pintora Anita Malfatti, o escultor Victor Brecheret, entre outros escritores e artistas do movimento.

Natural que o momento no século 21 fosse muito comemorado e uma das homenagens foi prestada pelo Primeira Páginado professor Adílson Silva Oliveira de 28 de fevereiro a 4 de março de 2022. São marcantes as presenças de vários professores que declamaram ou falaram sobre os artistas do Modernismo, entre eles, o próprio Adílson, Roseli Gimenes, Lígia Menna, Solange Gervai, Mílton Gabriel, Sueli Salles, Ivani Vecina.

Confira nas redes sociais: facebook link abaixo, adilson_silvaoliveira3 (instagram).

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Na obra Sete contos que nunca me contaram (2022), de Susana Ventura, são apresentados na verdade 8 contos, todos de autoria feminina, com publicações entre os séculos 17 e 19. A autora traduziu e adaptou esses contos com uma linguagem contemporânea sem, contudo, alterar dados históricos neles presentes nem a narrativa típica dos contos de fada.

Em alguns deles, como é o caso de Bete Felpuda, a narrativa se encerra com um toque de ironia que nos traz de volta ao contemporâneo: “(...) Naquele dia, Bete, o rei, o pai, a madrinha e todos os convidados comeram até ficar estufados – e nós continuamos aqui, contando os centavos.”

Na apresentação e no final da obra, o leitor poderá conhecer quem é a escritora, as ilustradoras e o contexto de cada um dos contos e o porquê de a autora ter resolvido traduzir e adaptar essas obras.

A edição do livro é da Biruta, um excelente e lindo trabalho de composição que tem um brilho especial das ilustradoras que, como se pode ver, também acompanharam a adaptação para o contemporâneo.

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  • Foto do escritorRoseli

A maternidade está na ordem dos discursos do século 21. Não que não houvesse discussão antes a respeito, mas considerar sublime fato de ser mãe, pensar que todas as mulheres querem ou obrigam-se a ser mãe, exige vários olhares em função da mudança de estrutura familiar de nossos tempos. O fato é que há mulheres buscando a maternidade sem a companhia de um companheiro ou de um pai que a acompanhe nesse processo. Por outro lado, o núcleo familiar vai muito além da maternidade feminina e de um par ‘marido-mulher’. Os casais vêm de diferentes gêneros e mesmo essas diferenças não implicam necessariamente que eles queiram a maternidade, que queiram uma criança, deles ou adotada.

Sobremaneira, o cinema recente abordou a temática em dois brilhantes filmes: A filha perdida (2021), de Maggie Gyllenhaal, e Madres Paralelas (2021), de Pedro Almodóvar.

A filha perdida está baseado no romance homônimo de Elena Ferrante, pseudônimo de uma romancista italiana cuja verdadeira identidade é desconhecida do público. No filme, a protagonista está em férias quando vê chegar uma família barulhenta e imensa o que contrasta com suas intransigências na busca da solidão e paz para seus estudos em Literatura Comparada. O clima esquenta com o desaparecimento de uma menina da família. Logo encontrada, a narrativa se volta para outro desaparecimento, a boneca da menina. Uma serie de sentimentos começam a aparecer relacionando a maternidade da mãe da menina à infelicidade maternal da professora.

Madres Paralelas volta-se à questão da maternidade desejada e indesejada que assola duas personagens, uma mulher por volta de 40 anos ainda sem filhos, e desejante de tê-los, e uma adolescente em meio a descobertas ainda de sua vida. Ambas ficaram grávidas por acaso. O resultado é uma leitura do momento contemporâneo em meio a DNA e buscas tanto da origem dessas crianças quanto dos corpos de desaparecidos na ditadura espanhola.

Link para o trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=50cJUKw9RU8


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