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Blogue da Roseli

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A psicologia pode desempenhar um papel importante no cuidado de pessoas com demência e seus familiares. Psicólogos podem oferecer suporte emocional, ajudar na adaptação à nova realidade e desenvolver estratégias para lidar com os desafios da doença. 

Psicólogos podem ajudar com apoio emocional: a demência causa mudanças significativas na vida da pessoa e de seus familiares, gerando estresse, ansiedade e tristeza. Um psicólogo pode oferecer um espaço seguro para expressar esses sentimentos e desenvolver mecanismos de enfrentamento. 

Adaptação à nova realidade: a demência altera a rotina e a dinâmica familiar. O psicólogo pode auxiliar na adaptação a essa nova realidade, ensinando estratégias para lidar com as perdas cognitivas e funcionais. 

Desenvolvimento de estratégias: o psicólogo pode trabalhar com a pessoa com demência e seus cuidadores para desenvolver estratégias para melhorar a qualidade de vida com o uso de ferramentas de memória,  criação de rotinas e a identificação de atividades prazerosas. 

Apoio aos cuidadores: a sobrecarga emocional e física dos cuidadores é comum. O psicólogo pode oferecer suporte individualizado para os cuidadores, ajudando-os a lidar com o estresse, a ansiedade e a tristeza, além de orientá-los sobre como cuidar de si mesmos. 

Promoção da autonomia: o psicólogo pode trabalhar com a pessoa com demência para promover a autonomia e a independência, incentivando a participação em atividades que ainda são possíveis e estimulando a comunicação e a interação social. 

Importância do apoio psicológico: melhora da qualidade de vida, redução do estresse, melhora da comunicação, entre outras.

No caso de haver necessidade de cuidados paliativos, psicólogos ajudam a lidar com questões como medo da morte, sofrimento, ansiedade, luto e a ressignificar a experiência da doença e da finitude. Profissionais que atuam nessas áreas precisam de capacitação específica, cursos que promovam conhecimento e aprofundem questões sobre luto e morte. Recomendamos o documentário O tempo de cuidar, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=wtM7OMo5cYQ do Canal Saúde.

Muito bom também o texto de Eliane Brum, Morrendo como objeto, disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/23/opinion/1485169382_907896.html#

 
 
  • Foto do escritor: Roseli
    Roseli
  • 15 de set.
  • 2 min de leitura

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O cinema sempre mostra casos fictícios- ou não; de pessoas idosas- ou não, que apresentam sinais de esquecimento, de memórias perturbadas. No senso comum, sempre se atribui problemas dessa natureza a pessoas em processo de envelhecimento, assim como há muito desconhecimento sobre o tema. Para citar alguns filmes, mencionamos Para sempre Alice, de 2014, com direção de  Richard GlatzerWash Westmoreland. Nessa obra, a personagem está longe de ser idosa, recebe o diagnóstico de Alzheimer aos 50 anos. Desnecessário dizer que a vida de Alice parece um mergulho rumo ao desconhecido. Já, em Meu pai, de 2020, direção de Florian Zeller, estamos diante da doença que acomete um idoso. É dolorido ver a situação de perda de sentido de sua vida e de como a família fica confusa para entender o que se passa.

O que significa? Que esquecimentos devem ser levados em consideração, é preciso procurar ajuda para entender. Segundo pesquisas, a maioria das pessoas considera o processo de esquecimento natural à medida que envelhecem. Mas como explicar que há idosos com quase 100 anos e que permanecem lúcidos?

Como enfrentar, como ter estratégias para cuidar dessa doença? Desconsiderar o etarismo é uma delas já que nem sempre esquecimentos são problemas apenas de idosos. É preciso diluir o estigma de “isso é natural da velhice”. Sempre é necessário buscar ajuda médica e psicológica.

Mais uma vez apontamos que buscar ajuda para a saúde a depender de órgãos públicos e de convênios que vetam idosos fica muito complicado. Muitos dos exames que poderiam detectar a doença e providenciar tratamento para ajudar não são cobertos no setor público e nem mesmo convênios autorizam-nos.

A carga de sofrimento recai sobre a família ou cuidadores que também precisariam de suporte emocional, capacitação e compreensão sobre a doença. Precisamos falar sobre essas questões. A população de idosos cresce. Os setores da saúde, infelizmente, não estão preparados para casos de demência. Lembremos, a demência é um termo geral para um grupo de condições que causam declínio gradual na função mental, incluindo memória, pensamento e raciocínio. Não é uma doença específica, mas um conjunto de sintomas que afetam a capacidade de uma pessoa realizar tarefas diárias e manter sua independência. Uma grave condição de vida.

 
 

Segundo a legislação, a pessoa com 60 anos é considerada idosa. No Brasil, uma pessoa é

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considerada idosa pela lei a partir dos 60 anos de idade, conforme o Estatuto do Idoso, segundo o GOV.BR. O Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741/2003, estabelece direitos e garantias para essa população, visando assegurar sua proteção e dignidade.

Proteção e dignidade, por enquanto, significa poder entrar em fila especial ou estacionar em vaga específica. O que isso significa? Mais ainda, neste momento, ter 60 anos acaba sendo uma desvantagem que deixa de lado essas consideradas coisas boas. Simples, justamente por ter 60 anos, a pessoa encontra a grande primeira e terrível dor: os preços altíssimos dos convênios privados de saúde. Ainda que consideremos que grande parte da população brasileira use saúde pública e sofra muito com isso, algumas optam pelos convênios a fim de um atendimento mais rápido. Qual enganosa a falácia porque a maioria dos convênios, considerando quem pode pagá-los, trata seus conveniados com certo desprezo. Se idoso, de acordo com a legislação, tanto pior. Muito pior se a pessoa atingiu o chamado limite de idade que, invariavelmente, ocorre com 68 anos, 11 meses e dias antes de atingir 69 anos. Qual a questão? Mesmo tendo condições de pagar preços aviltantes, simplesmente nessa idade a pessoa não conseguirá bons convênios. Sobram empresas duvidosas, convênios em coparticipação e outras e tantas questões que fazem ruir a dignidade de muita gente.

Muito se fala sobre etarismo e o preconceito que atinge quem envelhece. Basta rever o filme A substância, 2024 , de Coralie Fargeat.

Recomendamos aqui também a leitura do artigo, Um plano nefasto, do diretor de cinema, Roberto Gervitz, que relata semanas angustiantes até o falecimento de sua mãe em peregrinação por um convênio. Acessar pelo link: https://piaui.co/4m8CrCY .

 

 
 
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