O filme indiano de Ramin Bahrani é de 2020, candidato ao Oscar de 2021, está disponível na Netflix. Na esteira de abordagens sociais, como já estava em ‘Quem quer ser um milionário?’, Tigre Branco beira àquela narrativa de um ser submisso que consegue alçar um novo status que, no entanto, esbarra na ainda discutível área das castas indianas.
O sucesso e poder econômico que Balram adquire mostra as falcatruas por quais passa e elas não são diferentes das de seus patrões. A diferença é exatamente a social. Aos de fato ricos tudo é permitido, mas aos que chegam ao poder financeiro vindos de origem humilde o crime realmente não compensa.
Balram assume, aliás, um atropelamento com morte provocado pela esposa do patrão. Convidado a se passar pelo criminoso começa a perceber que todas as suas afeições aos donos a que pertence não passam de objetos de uso e descarte.
O resultado é a violência que toma conta de Balram por conta de todas as humilhações sofridas. Para tudo há um limite. Um liame por que passa um sujeito. Um elo que se rompe e que parece justificar todas as ações humanas. E isso é fatal. Fatal como a extinção de tigres brancos.
Roseli, daqui a pouco eu a assistirei, mas já fiquei muito interessada no filme.