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Blogue da Roseli

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A nova obra da autora Micheliny Verunschk já está nas livrarias pela Companhia das Letras em 2023. O livro anterior, O som do rugido da onça, ganhou o Jabuti de 2022 e foi comentado aqui no canal e no instagram do Instituto Legus.

Com a prosa sintética um tanto rosiana que é a sua marca literária, em Caminhando com os mortos, a autora constrói uma narrativa que permeia preconceitos em relação às mulheres, um retorno contemporâneo das mulheres queimadas em fogueiras pela intolerância religiosa.

A prosa da autora é uma construção exuberante, mas vagarosa, silenciosa. O impacto de uma mulher sendo queimada viva e por quem, saberemos ao final, é brutal.

Nossos olhos se chocam com a brutalidade da cena e a ingenuidade que se abate sobre a família em nome da religião.

Arrasador esse romance.

Confira!

Live no YouTube do Instituto Legus.

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  • Foto do escritorRoseli

Santiago Nazarian tem um estilo mordaz de escritura. O que isso significa? Ninguém sai impune de suas narrativas. Ele é audaz também pelo fato de ser excelente tradutor.

O título de seu recente livro vai nessa direção. Um leitor pudico e pouco conhecedor da literatura e do autor talvez declinasse da leitura.

São várias as questões que surgem em Veado Assassino. Uma delas completamente contemporânea e atual é a presença de um personagem adolescente não binário. Mais, o jovem tem uma irmã trans. O conflito está instaurado na narrativa toda em diálogos muito bem feitos como em um texto teatral. As falas são entremeadas por um interlocutor que, ao longo da narrativa, vamos percebendo ser um profissional que tentará entender os motivos do rapaz. Contar sobre isso ao leitor que ainda não leu quebra a ideia de um certo suspense da obra.

Veado Assassino tem publicação da Companhia das Letras e chegou ao mercado em 2023. O autor escreveu o belíssimo Fé no Inferno sobre o genocídio armênio, entre outras obras. Vale conferir!

Live no YouTube do Instituto Legus.

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  • Foto do escritorRoseli

Lançado em setembro de 2023, o filme tem levado muita gente ao cinema com, inclusive, oferta de ingressos gratuitos. Por quê?

Antes de mais nada, por conta do tema delicado de que trata: a pedofilia, as redes que envolvem sequestros de crianças.

O diretor mexicano é José Alejandro Gómez Monteverde que ganhou o prêmio de público com o filme Bella. O ator que interpreta o agente federal americano, Jim Caviezel, faz um apelo ao final do filme a fim de convocar novos espectadores para a obra.

Segundo críticas, o ator tem relação próxima com o personagem real do filme e mantém também contato com algumas pessoas que consideram a obra um espaço político.

De qualquer forma, política ou não, a obra aborda questões trágicas que envolvem pedofilia, tráfico e escravidão de crianças. O olhar se volta a países latinos com população simples e ingênua que é abordada por pessoas espertas que despertam sonhos de pais de crianças.

A pedofilia, no sentido simples herdado dos gregos, aponta para pessoas que têm predileção por atos libidinosos com crianças. Isso gera um comércio ilegal de tráfico que envolve um número grande de atravessadores que ganham muito dinheiro com essas operações.

No caso do filme, o sequestro acontece em Honduras, as crianças passam pelo México e, quase sempre, vão parar na Europa ou nos Estados Unidos. Live no Youtube do Instituto Legus.

Do ponto de vista fílmico, a obra é interessante com cortes entre os países cuja paisagem passam além da natureza exuberante para a pobreza de alguns lugares. Exemplo é a turística Cartagena das Índias que mostra um assombro de ocupação da floresta com pessoas que plantam também ilegalmente e que ganham com o tráfico de drogas e de crianças.

Muitos consideraram o filme como “Q A non”, uma espécie de selo que aponta obras de cunho político à direita. Essa ideia é veementemente condenada pelo diretor.

É ver para julgar.

Live no YouTube do Instituto Legus.

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